terça-feira, 29 de dezembro de 2020
domingo, 6 de dezembro de 2020
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
terça-feira, 17 de novembro de 2020
sábado, 22 de agosto de 2020
domingo, 21 de junho de 2020
quarta-feira, 17 de junho de 2020
sexta-feira, 12 de junho de 2020
terça-feira, 9 de junho de 2020
"BOLA DE NEVE" UMA LINDA HISTÓRIA MISSIONÁRIA!
Bola de Neve era um menino negro, como vocês podem ver. Vivia em uma casa de madeira que não era muito maior que ele. Tinha sua mãe e seu pai e um cachorrinho chamado Duque. Seu nome não era realmente “Bola de Neve”. Chamava-se Joãozinho. Vocês querem saber como ele ganhou o novo nome?
Certo dia Joãozinho foi para uma nova escola. Olhou ao redor e notou que ele era o único menino negro na classe. As outras crianças eram muito malcriadas; olharam para ele e cochicharam umas para as outras: “Olha, que menino preto”! algumas olharam tanto para Joãozinho que o pobre menino acabou escondendo o rosto nos braços e não olhava mais pra ninguém. Grandes lagrimas rolavam pelo seu rosto, e os soluços sacudiam seus ombros. Na hora do recreio, quando todas as crianças saíram da sala de aulas, um dos meninos maiores apontou para Joãozinho e caçoou:
- Ih! Bola de Neve! Que é que você está fazendo? Derretendo-se?
Como as crianças riram! Pensaram que “Bola de Neve” seria um nome engraçado para um menino negro. Começaram a gritar:
- Ih! Bola de Neve! Bola de Neve!
Até que o menino não pôde mais suportar.
Joãozinho correu rua abaixo, para casa, tão depressa quanto suas perninhas podiam carregá-lo. Seu coração estava cheio de ódio. Odiava aquelas crianças por terem rido dele. E se odiava porque era negro. Imaginava porque Deus o teria feito negro. Desejava de todo o coração ser branco como as outras crianças da classe.
Enquanto corria para casa, passou pela loja da esquina. Havia um anúncio grande na vitrine. Joãozinho vagarosamente soletrou as palavras: “SABÃO MILAGROSO, TRANSFORMA AS COISAS PRETAS EM BRANCAS. ARTIGO DO DIA R$ 0,20”. Parou por um momento, pensando, e então correu para casa tão rapidamente quanto pôde. Sua mãe não estava em casa, mas ele foi buscar seu próprio cofrinho, contou R$ 0,20 e correu de volta à loja.
- Um pedaço de sabão, por favor, disse ele apontando o anúncio. – Este sabão torna mesmo as coisas bem pretas em brancas?
- Torna sim. – respondeu o dono da loja, enquanto embrulhava o pedaço de sabão.
Bola de Neve ainda estava na banheira quando sua mãe chegou. Tinha se esfregado... Se esfregado... Se esfregado... Até que sua pele ficou muito irritada; mas era ainda um menino negro. Por mais que se lavasse, não poderia mudar a cor de sua pele, e o sabão milagroso não adiantou nada. Entre soluços contou à mãe que queria se lavar até ficar branco.
- Por quê? – chorava ele. – Por que Deus me fez negro?
Pela ternura de seu rosto, Bola de Neve sabia que sua mãe compreendera. Enquanto ela o enxugava, aplicava óleo na pele irritada e falava meigamente. Era isto que ela dizia:
- Não sei, meu filho, não sei de modo nenhum por que algumas pessoas nascem negras, outras brancas, outras morenas, outras amarelas. Sei apenas que Deus fez espécies diferentes de pessoas para viverem no mundo; e, uma vez que Deus é bom, deve ser bom que seja assim. Isto eu sei, que Deus preparou um lugar no mundo para todos nós, que Ele nos ama a todos do mesmo modo e deseja que todos os seus filhos se amem uns aos outros. Sei também, meu filho, que Deus não se preocupa muito com a dor do menino por fora. A cor do coração é que importa.
- A cor do coração? – exclamou Joãozinho. – Quer dizer que meu coração também é negro?
- Meu filho – exclamou a mãe – a cor da pele não tem nada haver com a cor do coração. Há crianças de pele branca com coração negro, e há pessoas como eu, por exemplo, com pele escura, mas, Joãozinho, meu coração está branco.
- Mas, como, mamãe? Como que o coração da senhora ficou branco assim?
- Espere meu filho. Primeiramente você precisa saber o que é que faz o coração escuro. É o pecado. As maldades que nós praticamos. E todas as pessoas pecam, Joãozinho, por isso, todos estão com coração preto. Isto é, se o coração não foi lavado ainda.
- Lavado?! Quer dizer que é possível lavar o coração? Mas, mamãe, o sabão não ajudou nada para me tornar branco.
- Não, meu filho, porque sabão e água não podem purificar o coração. Somente o sangue de Jesus pode nos purificar por dentro do coração. Escute meu filho, Deus vê dentro de nossos corações e, quando vê ódio e egoísmo ou outros pecados ali, não pode olhar para nós, porque Deus não pode tolerar o pecado. Ao mesmo tempo, Deus nos ama e quer ter-nos junto a Si lá no céu um dia. Foi por isso que ele enviou Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, ao mundo para lavar nossos pecados. Jesus, que nunca pecou, tomou o castigo que nós merecemos, morrendo na cruz em nosso lugar.
Mas Ele ressuscitou ao terceiro dia. Se você o permitir, Jesus pode vir ao seu coração e lavar toda a pretura e escuridão que lá existe e deixará seu coração exatamente como a Bíblia diz: “Lava-me e ficarei mais alvo que a neve (Sl 51:7)”!
Bola de Neve olhou para os olhos ternos de sua mãe.
- Mamãe, é por ter Jesus no coração que a senhora é tão doce e amorosa, por Jesus tê-la lavado por dentro?
- Sim, filho, se você vê algo doce e amoroso em mim, isso é o que o senhor fez em meu coração.
- Então, eu O quero em meu coração, também.
Ajoelhados juntos, o menininho negro e sua mãe fizeram esta oração:
- Senhor Jesus, vem ao coração deste menininho e torna seu coração mais alvo que a neve.
Alguma coisa aconteceu no coração de Bola de Neve. Deus não só tirou toda a amargura e ódio, mas também pôs um grande sorriso feliz no seu rosto e lhe deu coragem para voltar à escola.
No dia seguinte, quando os meninos gritaram: - Ih! Bola de Neve. – e riram, uma voz dentro de Bola de Neve disse: “Ria com eles; você sabe que está realmente branco por dentro. Eles também precisam conhecer Jesus como Salvador”. Assim Bola de Neve riu e mostrou seus dentes brancos e brilhantes. Em seguida, moveu os olhos e as orelhas (brincadeira que o pai lhe tinha ensinado). As crianças riram, mas agora estavam rindo com ele. Um dos meninos chamou:
- Ei, Bola de Neve, venha ver se você é capaz de chutar uma bola conosco
Agora o menino negro nem sequer notou que tinha sido chamado de Bola de Neve; até que estava gostando do nome
Como a vida mudou para Joãozinho depois de ter o coração purificado pelo sangue de Jesus!
Pensemos um instante... Aqui estou notando meninos e meninas brancas e outras crianças morenas. Posso ver a pele por fora, mas não posso ver seu coração. Qual é a cor do seu coração? Quanto à cor da pele, não tem importância nenhuma; porque Deus olha o coração. Você já deixou Jesus lavar o pecado de sou coração? A Bíblia nos diz que “o sangue de Jesus Cristo... nos purifica de todo o pecado” (l Jo 1:7). Você quer fazer a oração que diz: “Lava-me e ficarei mais alvo que a neve”? Faça isso agora mesmo!
segunda-feira, 8 de junho de 2020
terça-feira, 2 de junho de 2020
terça-feira, 26 de maio de 2020
PABLO O MENINO MEXICANO
Esta é uma história missionária que pode ser usada para evangelizar as crianças, destacar a importância do compromisso com a verdade, entre outros fins. Para conseguir ainda mais atenção delas, use martelo, prego e madeira reais e coloque um a um enquanto conta a história. Mostre às crianças as marcas deixadas... Faça a aplicação ao final.
Deus abençoe!
Mapa do México mostrando a região onde Pablo morou em ralação aos Estados Unidos e América Central.
Pablo morava no México. Ele usava 9 sombreiros (chapéus), não porque estava frio no México (porque fica muito quente), nem porque tinha nove cabeças (porque ele tinha só uma cabeça como você e eu), mas sim porque ele vendia sombreiros. Ele sabia que podia vender nove sombreiros num só dia, o serviço estava bom e voltava para casa contente. Ele andava nas ruas gritando: - Sombreiros! Ó sobreiros bonitos! Sobreiros baratos! Só R$ 10,00.
Um dia chegou à sua cidade um missionário. Ele andou de casa em casa deixando uma bíblia e pregando o evangelho. Ele mostrava a todo mundo como Jesus Cristo, o Filho de Deus, morreu na cruz pelos nossos pecados, ressuscitou e agora está nos esperando lá no céu. O missionário explicava a todos que também podiam ser salvos, bastava confessar seus pecados a Jesus Cristo, pedir perdão e aceitá-lo como Salvador e Senhor de sua vida.
Pablo ficou com pena do missionário porque ele precisava levar sempre muitas bíblias consigo e as bíblias eram muito pesadas. Então ele lembrou burro do seu pai e pensou:
Meu pai não usa muito esse burro e sei que o missionário poderá aproveitar bastante. Vou falar com papai. Ele foi, falou com o pai e ele emprestou.
- Olha senhor, meu pai falou que o senhor pode aproveitar o nosso burro enquanto está na nossa cidade. O burro pode carregar as Bíblias e os outros livros para o senhor.
- Ótimo! - disse o missionário.
Pablo ajudou o missionário a colocar as coisas nas costas do burro. Quando chegou a hora de sair para as visitas, o missionário pegou a corda que estava ao redor do pescoço do burro e começou a andar. Porém o burro empacou recusando-se a sair do lugar. O missionário puxou, mas o burro não deu nem um passo sequer. Vendo isso, Pablo aproximou-se e cochichou no ouvido do burro e logo ele começou a andar. Então os três (o missionário, o burro e Pablo) foram para a primeira casa.
Após a visita, o missionário pegou a corda do burro, mas a mesma coisa aconteceu. Pablo, de novo cochichou no ouvido do burro e este seguiu o missionário. E porque apenas Pablo podia andar no burro, precisava sempre fazer as visitas com o missionário.
Mas logo o missionário notou que Pablo tinha um problema muito sério. Ele sempre mentia, sempre estava soltando suas mentiras. O missionário aconselhou-o bastante para não mentir, pois Deus não gosta de mentira. Mentira é pecado e Deus castiga o pecado. Mas Pablo pensou:
- Ah! O missionário sempre está preocupado com a minha mentira. Por que ele não me deixa em paz?
(Olhar para as crianças e perguntar: Será que vocês já mentiram? Será que vocês já falaram mentiras como Pablo? Mesmo que tenha falado só uma mentira, ainda assim é pecado. Deus não gota de pecado e Ele sempre castiga pecado. Precisamos deixar nossas mentiras e falar sempre a verdade.)
Certa ocasião o missionário precisava sair da cidade, mas antes de sair falou para Pablo:
- Olha Pablo, eu preciso viajar esta semana. Pode prometer fazer alguma coisa para mim enquanto estou fora?
- Depende. O que é?
- Está vendo aquele poste onde amarram os animais?
- Estou.
- Está vendo esse martelo e esses pregos?
- Estou.
- Olha eu vou lhe emprestar esse martelo e esses pregos se você prometer bater um prego naquele poste cada vez que soltar uma mentira.
Pablo pensou um pouco e disse:
- Isso é fácil. Sim, eu prometo. Então o missionário entregou o martelo e os pregos nas mãos do missionário e foi embora. Logo seu amigo Bepo chegou.
- O que você tem Pablo?, perguntou Bepo.
- Martelo e pregos. Você lembra daquele missionário que sempre vem aqui? Ele me ama tanto que quis me dar um presente antes de viajar. Então ele me deu esse martelo e esse pregos.
- Ele é um homem bom. Ele te deu outra coisa? Olhando para Pablo com muitas dúvidas.
Sim ele me deu uma gravata roxa com bolinhas verdes.
- Que bonito! Ele te deu mais?
- Sim, também me deu botas. Botas caras. Botas bonitas.
Bepo não estava muito convencido, olhando para os pés descalço igual aos dele e não vendo a gravata no pescoço do seu amigo.
- E onde você guarda estas coisas?
Pensando rapidamente respondeu Pablo:
- Olha, o que o missionário me deu está guardado no banco da cidade, você sabe, naqueles lugares bem seguros onde os ricos guardam o seu dinheiro.
Os dois amigos se separaram para voltarem para casa para jantar. Naquela noite, Pablo olhou para o martelo e os pregos e pensou nas mentiras que falara.
Cedo, na manhã seguinte, Pablo foi para o poste com uma consciência pesada e o martelo na sua mão e os pregos no seu bolso. POW! Um prego para mentira sobre o martelo e os pregos. POW! Outro prego para a mentira da gravata. POW! Um terceiro para a mentira sobre as botas. POW! Mais um para a mentira sobre o banco. Enquanto estava batendo os pregos no poste, o seu amigo, Bepo chegou.
- O que está fazendo? – Perguntou Bepo.
- Ó, eu estou só batendo uns pregos aqui para pendurar os meus sombreiros! - Respondeu Pablo.
POW! Mais um prego por aquela mentira. E assim foi toda aquela semana. Mentido e batendo pregos.
O que o missionário vai pensar de mim, quando voltar? E por alguns dias Pablo ficou preocupado com tantos pregos naquele poste. O missionário voltou.
- Ó Pablo, como vai você? Você cumprir sua promessa?
- Cumpri, sim.
- Deixe-me ver. Vamos ao poste.
Chegando ao poste o missionário disse:
- Ó Pablo, quantos pregos! Estou satisfeito que você colocou todos os pregos.
- Você gostou de ter falado tantas mentiras?
- Não, mas estou satisfeito, pois você reconhece que falou as mentiras. Agora, Pablo, quero que você arranque todos os pregos deste poste.
Pablo pensou:
- Mas eu bati tão bem, e agora preciso tirar? Isso vai ser difícil.
NOTA: Agora pode parar a história aqui e usar a lição do livro sem palavra ou pode continuar com esta outra aplicação.
Então Pablo sentou no chão e arrancou todos os pregos. Isso demorou porque ele tinha batido muitos pregos naquele poste.
- Você retirou os pregos, Pablo, mas não teria sido melhor se não houvesse falado tantas mentiras? Agora o poste vai ficar com todos os sinais dos pregos. Nunca ficará como era antes. Mentira e outros pecados marcam a sua vida. São pecados e todos têm pecados, você tem pecado, Deus disse. Mas Ele ama você - disse o missionário.
A Bíblia diz que Jesus, o Filho de Deus, ama você, mesmo que você tenha feito as coisas erradas. Ele morou aqui na terra, nunca fez alguma coisa errada, mas houve algumas pessoas que não gostaram dele e O crucificaram. Ele não ficou morto, mas ressuscitou no terceiro dia e hoje vive nos céus com o Pai. Pablo, você crê que Jesus ama você e morreu por você? Quer recebê-lo agora, como seu Salvador?
Pablo, com lágrimas nos seus olhos, disse:
- Sim eu quero! E lá ao lado do poste, na rua, Pablo se ajoelhou e confessou seus pecados e convidou Jesus Cristo entrar na sua vida e ser Seu salvador. Ele pediu ao Senhor Jesus Cristo para ajudá-lo. Depois disso, ele andava nas ruas vendendo sombreiros, mas também falava de Jesus a todos que encontrava. Deus mudou a vida de Pablo e Ele pode mudar a sua vida. Convide Jesus entrar na sua vida agora mesmo!
Fonte: Centro de Recurso RAPEDO. Ministério Social da Missão AMÉM
O SORVETE MISSIONÁRIO
Tudo aconteceu de um momento para outro. Áurea, uma menina de cabelos ruivos e nariz cheios de sardas, assistiam
em companhia de seus coleguinhas, a projeção de slides coloridas na casa de Dona. Helena.
A Sala estava meio escura, e os slides eram projetados numa tela grande, enquanto a missionaria iA explicando o que significa cada um deles. As crianças viram os africanos, bem como, os macacos, elefantes. Viram uma aldeia de casas feitas de palha. Um dos slides mostravam cena onde podia-se ver os africanos cultuando demônios. Viram também crianças correndo com medo dos
estrangeiros, escondendo-se dos missionários que queriam falar-lhes do senhor jesus.
Á medida que os slides iam passando, Aurinha ia se sentindo que algo nela também ia se transformando. Não era a sua
aparência, disso ela tinha certeza; a transformação era bem dentro, no seu coração.
Áurea inquietou-se .Alguém teria me chamado o seu nome? Olhou em volta, mas todos continuavam com os rostos voltados
para a tela. A voz vinha de dentro do seu coração! Mas mesmo assim ,era real.
Áurea ,você Me pertence. Eu escolhi para ser minha mensageira, para contar aos outros como poderão ir para o Céu. Áurea sentiu seu coração batendo apressado. Daí em diante ,ela quase não ouviu mais a mensagem missionaria. Após ter cantado o corinho de despedida ,saiu correndo em companhia das outras crianças.
De volta para a casa, Áurea percebeu que alguém caminhava a sua frente.
Podia notar muito bem as sandálias arrebentadas que faziam "pift,poft.pift,poft" na calçada. Via também grandes buracos nas meias.
A saia era roxa e estava suja a blusa, vermelha desbotada. Áurea sabia que a menina que seguia á sua frente era Lídia ;mas nem ligou para o fato. Ela se sentia emocionada, feliz demais
Alô Aurinha!
O coração de Áurea pulou de alegria .Conheceu a voz de Jaime.
-Sabe, Jaime! -exclamou Aurea -Vou ser missionaria.
-É? -Jaime continuou andando, com as mãos no bolso
-Você não acha isso uma coisa maravilhosa? -perguntou Aurea, desapontada. -È ...esta bom
Aurea parou, olhando o amiguinho.
-Você não parece muito entusiasmado.
-Bem -ele resmungou -Quando você vai começar?
Por acaso, ou não ,Jaime falou na direção á Avenida Boa Vista, onde Lídia caminhava agora, sozinha, como sempre.
Aurea ergueu a cabeça de maneira altiva. Ela não gostava de Lídia, que geralmente trajava-se de roupas velhas e quase sempre
estava com o pescoço sujo. Seu cabelo era mal cortado e parecia pegajoso, melado. Ninguém em toda a escola queria fazer amizade com ela.
-Jesus deve amar Lídia também, você não acha?-observou Jaime.
Depois do jantar, naquela mesma noite, Aurinha não conseguia fazer seus deveres escolares .Ficou pensando nos últimos
acontecimentos. Era verdade que Deus a havia chamado para ser Sua mensageira, e esta lhe fora bem clara. SERA QUE DEUS ESTA QUERENDO QUE EU COMECE COM LÍDIA? Áurea jogou seus livros para o lado.
Puxou da gaveta um cofre onde guardava o seu dinheirinho e começou a tirar alguns cruzados.
-Para doces?-mamãe perguntou .
-Sorvete Missionário!
Levando o dinheirinho, Aurea se dirigiu á casa de Lídia, que ficava, em uma rua pobre; a casa estava quase desmontando .Foi Lídia
mesma quem atendeu a porta.
-Que quer?-Aurea ficou meio sem jeito.
-Vim....isto é....você quer passear comigo?-gaguejou ela. -Querendo ser sua amiga. Tenho dinheiro para ..para sorvete.
As palavras saiam com dificuldades. Estendeu a mão ,úmida pelo nervosismo, mostrando dinheiro.
Lídia fez um ar de indiferença, mas acompanhou Aurea ate o bar. O vendedor era um Italiano sorridente que, ao servi-las, enfiou a
concha no fundo da lata de sorvete de morango. Lídia ,ao receber seu sorvete agarrou com força .
Vamos sentar Lídia sugeriu, e ambas sentaram á beira da calçada de Lídia.
Havia crianças brincando e gritando no meio da rua: Lídia não lhes prestava a mínima atenção. Chupou o sorvete ,mastigou a casquinha também e lambeu os dedos, sem perder de vista o sorvete de Aurea. Esta, adivinhando o seu desejo, estendeu a mão oferecendo -o.
Aceita? Estou satisfeita.
Lídia o aceitou e acabou com ele num instante.
Este deve ser o momento para eu começar a falar de Jesus. Aurea pensou. E foi com o coração aos
pulos que ela começou a contar que Deus ama a todos.
Mentira! Lidia gritou..
Aurea a olhou de boca aberta.
Pode ser que Deus amo os outros disse Lídia, aborrecida, mas não a mim. Já sei que ninguém me ama.
Voce esta querendo me salvar, como se fosse um pagão da África. Foi por isso que pagou um sorvete pra mim.
Mas fique sabendo que eu não sou pagã. Ainda mais furiosa, acrescentou: É você não precisa mais enfiar a sua cara
sardenta nesta vizinhança.
Cara Sardenta!-Aurea ficou furiosa ao ouvir isso. Olhou ,desdenhosa, para o rosto sujo de Lídia. Sacudiu as tranças
para trás. levantou -se e foi embora.
Talvez houvesse lagrimas em seus olhos, pois não podia enxergar bem o caminho e, por isso mesmo, acabou chocando-se
com alguém na esquina. Era dona Helena, a missionária.
Aurea precisava contar a alguém .Seus lábios tremiam ,sua voz estava meio roca. Mesmo assim, contou a dona Helena
como Deus falara ao seu coração. Disse-lhe ainda sobre o sorvete missionário e sobre Lídia. Dona Helena apertou a mão de Aurea enquanto caminhavam juntas pela rua.
Certa vez ,na África, disse Dona Helena alguém pôs uma pedra suja em minha mão. Eu nunca poderia imaginar que aquilo
fosse um diamante, valendo milhões de cruzados. Só precisava ser limpo e polido. Você já imaginou que Lídia poderia ser
um diamante a Deus?
Lídia um diamante??Aurea riu um pouco, mas se sentiu consolada. Ela realmente ama a Jesus e imaginou como seria se pudesse ganhar um "diamante" para Ele!
No dia seguinte, Aurea encontrou Lídia na escola, tão mal vestida como sempre sozinha.
Aurea sorriu ao cumprimenta-la, mas Lídia nem sequer olhou para ela
Foi nesse dia que as crianças da escola começaram a ensaiar o desfile. Quando o sino tocou ,todos saíram das salas de aula. Enquanto a banda se preparava, as crianças começaram a formar fila para marchar, de duas em duas.
O dia esta ótimo para marchar! cochichou Sarinha, que fazia par com Aurea.
Inspecionando a fila, o diretor parou de repente ,em frente a alguém perguntando:
Quem vai marchar com você?
Era lidia ,que estava sozinha,fitava o chão.Suas mãos estavam tremulas.Em rapida olhadeira,Aurea notou que Aninha ainda estava
sem par. Era a única ,além de Lídia, que ainda estava sem companhia, mas estava ali de cabeça erguida e dirigiu a Lídia olhares de pouco caso
-Aninha-Aurea sussurrou, fazendo também um sinal para que ela tomasse seu lugar. Então Aurea passou adiante e pôs ao lado de Lídia.
O sangue subiu ao rosto sujo de Lídia. Aurea sorriu para ela, pegando-lhe a mão e apertando-a bem.
-Ei Aurinha-chamou o tio Eduardo á noitinha-Alguém esta ai fora querendo falar com você.
Aurea desceu correndo a escada aos pulos, correu pela sala e olhou pelo vidro da janela. Não conseguia
ver ninguém. Então ,uma cabecinha apontou por cima do outro portão, mas logo sumiu. Aurea saiu correndo, mas quando
chegou ao portão ,Lídia também já ia correndo rua acima.
Lídia espere!-gritou Aurinha.
Lídia parou. Voltou devagarinho
Grossas lagrimas caiam-lhes pelas faces.
-O que ha? perguntou Aurea-Não vá embora
Lídia agitava seus pés indecisa. Seus dedos retorciam -se na saia roxa
Por que voê fez aquilo?-greguejou ela
Aurea não perguntou o que a menina queria dizer; tinha entendido.
Por que gosto de você.
Lídia chutou uma pedrinha.
Você acha..acha..acha..que Deus me ama de verdade?
Ali mesmo, Aurea contou o quanto DEUS a amava, como Ele deu seu filho Jesus, para salva-la.
Explicou como Jesus morreu na
cruz do calvário em seu
lugar, para tomar castigo que ela
merecia, como pecadora. Depois de explicar tudo isso, Aurea perguntou:
Você quer abrir seu coração e convidar Jesus entrar para ser seu Salvador?
Sim ..foi a resposta de Lídia.
E, foi desta maneira que Aurea, com um sorvete missionário, ganhou um "diamante" para Jesus e
tornou-se verdadeira missionaria
O que é que Deus esta desejando de você hoje? Deus quer que você ame aos outras crianças, ricas e pobres,
limpas e sujinhas.
Talvez você possa oferecer uma doce, um sorvete, ou mesmo aqueles sapatinhos que não lhe cabem mais. Porém, se não puder dar alguma coisa que custe dinheiro, mesmo bem pouquinho, ofereça um sorriso, dê a sua amizade.
Há muitas crianças tristes, sozinhas e necessitadas. Tente ainda falar de Cristo para elas, Pois elas também são "diamantes",
joias preciosas, por quem o Senhor Jesus morreu. E você será, como Aurinha, um missionário de verdade!
"Alegoria das Ferramentas"
Há muito tempo atrás, em uma carpintaria, quando todo o trabalho havia acabado, as ferramentas começaram a conversar entre si. Elas discutiam para saber qual delas era a mais importante para o carpinteiro.
O Sr Martelo começou: Certamente que sou Eu o mais importante para o carpinteiro! Sem mim os móveis não ficaram de pé!, pois eu tenho que martelar os pregos!
O Sr Serrote logo quis dar a sua opinião: Você Sr martelo? Você não pode ser! Seu barulho é horrível! É ensurdecedor ficar ouvindo toc, toc, toc… O mais importante sou Eu! O serrote! Sem mim, como o carpinteiro serra a madeira? Eu sou o melhor!
Não, não, não! Falou a dona Lixa: Eu sim sou a melhor! Se não fosse Eu os móveis não seriam tão lisinhos e perfeitos! Eu sou a mais importante!
Ah! mais não é mesmo! disse a dona Plaina: Eu é quem deixo tudo retinho, e tiro as imperfeições da madeira. Eu sim sou a indispensável…
Tsc, tsc, tsc… Nada disso, disse a dona Chave de Fenda: Se não fosse Eu, como o carpinteiro iria apertar os parafusos? EU sim sou a melhor!
Ah! não ! Que absurdo! disse o Sr Esquadro: Eu sou o mais importante! Sem mim os móveis ficariam tortos! O carpinteiro nem saberia a medida. EU sou o mais importante!
As ferramentas ficaram discutindo até o dia amanhecer…
O carpinteiro chegou para trabalhar, colocou sobre a mesa a planta de um móvel e começou a trabalhar!
Ele usou todas as ferramentas. Usou o serrote, o martelo, o esquadro, a lixa, a plaina, os pregos, o martelo, a chave de fenda, a cola e o verniz para deixar o móvel brilhando…
Enfim ele acabou. Chegou o fim do dia o carpinteiro estava cansado, mas feliz com o que tinha feito! Seu trabalho com as ferramentas tinha ficado ótimo!
O carpinteiro foi para casa. Enfim, as ferramentas voltaram a conversar. Só que agora elas ficaram admirando o que tinham feito todas juntas e o carpinteiro. Sabe o que elas fizeram? Um púlpito de uma igreja! E tinha ficado lindo!
Elas chegaram a uma conclusão: Todas eram importantes!! Aos olhos do carpinteiro.
Ele usou todas! Sem exceção de nenhuma! E o móvel tinha ficado lindo!
Elas descobriram que quando todas trabalham juntas tudo anda melhor!
Moral da história
O carpinteiro representa JESUS ou o Pastor de sua igreja, dependendo como você vai usar essa história. As ferramentas representam os membros, ou crianças.
Cada um de nós tem um valor importante no reino e na obra de DEUS. É ele quem nós, usa e capacita para fazermos a sua obra. Cabe a nós como ferramentas nos deixar ser usados. (você professor pode colocar a moral que você achar que se encaixa melhor para a sua turma).
Subscrever:
Mensagens (Atom)